google-site-verification=HKgE-0WHLx5XuKqnQKjRX7MQbY3hVrNsPmpjDsqaL4Q O que é autismo?

O que é autismo?

Eu não poderia iniciar um blog onde o assunto principal é autismo sem responder essa pergunta, e pergunta essa que me fiz logo no início dessa caminhada, 5 anos atrás.

O que é autismo?

Meu intuito é trazer a informação da maneira mais simples, prática e objetiva possível.
Então vamos lá.

– O que é autismo?

Autismo é uma condição neurológica de ordem genética que compõe a neurodiversidade humana, e se caracteriza como uma forma diferente do cérebro ao processar informações, interferindo na maneira como o indivíduo interage com o ambiente, afetando a comunicação, a interação social e o comportamento.

– O que quer dizer TEA?

TEA é a sigla de “Transtorno do Espectro Autista”, que é como a condição é chamada atualmente.

Esse termo passou a ser usado a partir de 2013, com a atualização do DSM – V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – V), onde vários subgrupos de Transtornos do Desenvolvimento passaram a fazer parte do TEA, e são eles: Autismo infantil, Autismo atípico, Síndrome de Rett, Outro transtorno desintegrativo da infância, Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados, Síndrome de Asperger, Outros transtornos globais do desenvolvimento, Transtornos globais não especificados do desenvolvimento.

– Autismo e estatística:

Nos Estados Unidos o dado oficial em 2018 apontava que a prevalência do autismo era de 1 para 59, ou seja, a cada 59 pessoas, 1 é autista.

No Brasil, ainda não existe um número oficial, em 2014 estimava-se que a população autista no país estaria na casa dos 2 milhões.

Em 18/07/2019 foi sancionada a lei 13861/19, que obriga o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a inserir perguntas sobre autismo no Censo 2020, notícia essa que foi recebida com muita alegria pela comunidade autista, pois assim será possível ter um número preciso de autistas no Brasil.


– Causas do Autismo:

Um estudo recente, publicado em julho de 2019, afirma que em 97% a 99% dos casos de autismo a causa (origem) é genética, sendo que em 81% dos casos é hereditário.

– Características do Autismo:

*Usa brinquedos ou objetos de forma incomum;

*Dificuldade ou falta de interesse em interagir socialmente, especialmente com pessoas da mesma faixa etária;

*Dificuldade na dicção ou ausência de fala;

*Comportamento Hiperativo ou Passivo;

*Dificuldade em manter contato visual;

*Reage a estímulos sensoriais (sons, odores, sabores, ao toque);

*Riso ou choro em momentos inesperados ou sem motivo aparente;

*Resistência a mudanças de rotina;

*Não atende quando chamado;

*Movimentos repetitivos (balançar pra frente e pra trás, andar em círculos, bater palmas, mexer com as mãos (flaps), entre outros…);

*Apresenta alto interesse por assuntos específicos (hiperfoco).

Importante ressaltar que a intensidade e prevalência dessas características podem variar de um indivíduo para o outro, e independente do grau de autismo.

– Graus de autismo

O TEA atualmente está classificado em 3 graus:

*nível 1 – grau leve

*nível 2 – grau moderado

*nível 3 – grau severo

Os graus de autismo estão relacionados á quantidade de apoio e suporte terapêutico que o indivíduo vai precisar ao longo da vida.

Então dentro do espectro, teremos indivíduos com quadro leve onde alcançaram independência e autonomia, necessitando de discretas adaptações, até os que apresentam um grau severo, com dificuldades bem acentuadas, necessitando de apoio intenso, e em alguns casos para a vida toda.

Veja mais aqui: Os 3 graus do autismo

– Intervenção Terapêutica

Um detalhe importante é que dentro de TEA não existem dois indivíduos iguais, eles podem ter semelhanças mas, são diferentes entre si.

Portanto a terapia a ser aplicada deve ser recomendada de acordo com a necessidade de cada indivíduo, visando sempre: auxiliar o indivíduo a superar suas dificuldades e trabalhar sua potencialidade afim de estimular seu desenvolvimento para que ele alcance autonomia e independência.

As terapias indicadas, com eficácia científica comprovada são aplicadas por uma equipe multidisciplinar, ou interdisciplinar, que é composta basicamente por:
  • Neuropediatra ou Psiquiatra da infância e adolescência (no caso de crianças e adolescentes)/Neurologista ou Psiquiatra (no caso de adultos): que são os profissionais que podem avaliar, diagnosticar, indicar as terapias necessárias e prescrever medicação quando for o caso.
  • Psicóloga
  • Terapeuta Ocupacional
  • Fonoaudióloga
  • Psicopedagoga (quando em período de aprendizagem)
– Existe cura para o autismo?

Desde 2012, pela lei 12764/12, o autista é considerado pessoa com deficiência para todos os fins legais.

No entanto por se tratar de uma condição neurológica, que já nasce com o indivíduo, clinicamente falando, não se trata de uma doença, e sim uma condição, portanto não tem cura.

Importante que a sociedade veja que o autista não é incapaz, tem plenas condições de desenvolver, desde que sua maneira de entender e interagir com o ambiente seja respeitada, e as ferramentas necessárias para que ele se adapte estejam disponíveis.

Abaixo, um vídeo simples e objetivo que explica como funciona o cérebro autista, explicado pelo médico Psiquiatra da Infância e Adolescência, Dr. Caio Abujadi.



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